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domingo, 25 de janeiro de 2009

Notícias !


Papa fala aos bispos do Iraque


Da Redação, com Rádio Vaticano


Bento XVI lançou, na audiência concedida na manhã de sábado, 24, aos bispos do Iraque em visita ad Limina, um apelo às autoridades do País do Golfo a fim de que defendam os direitos humanos e civis dos cristãos iraquianos.

Em particular, o Papa recordou a violência que, em várias ocasiões, atingiu a Igreja iraquiana, recordando que "o sangue dos mártires constitui uma forte intercessão a Deus". O Santo Padre recebeu, comovido, o presente oferecido pelo patriarcado caldeu: paramentos litúrgicos pertencentes a dois membros da Igreja local, vítimas da violência no país.

A estola de Pe. Ragheed Aziz Ganni, assassinado em Mossul no dia 3 de junho de 2007 com três diáconos, após ter celebrado a missa. A casula do arcebispo caldeu de Mossul, Dom Paulos Faraj Rahho, encontrado morto no dia 13 de março de 2008. O arcebispo havia sido seqüestrado 14 dias antes.

"Este presente fala do supremo amor deles por Cristo e pela Igreja" – disse o Papa ao recebê-lo. Bento XVI manifestou grande atenção e preocupação pela sorte das comunidades católicas do Iraque.

A recordação daqueles aos quais definiu como "mártires" foi acompanhado de um renovado pedido de proteção para os cristãos que vivem uma existência marcada pela violência e por uma crescente marginalização social:

"Saúdo a coragem e a perseverança diante das provações e das ameaças das quais são objeto, em particular no Iraque. O testemunho que dão do Evangelho é um sinal eloqüente da vitalidade de sua fé e da força de sua esperança. Exorto os senhores a ajudarem os fiéis a superar as dificuldades atuais e a fazer valer a sua presença – faço apelo, em particular, às autoridades responsáveis pelo reconhecimento de seus direitos humanos e civis – e os encorajo a amarem a terra de seus antepassados, à qual são profundamente apegados."

Cristãos no Iraque

Os cristãos que vivem no Iraque, declarou o Pontífice, "são plenamente cidadãos, com direitos e deveres de todos, sem distinção de religião. Gostaria de dar o meu apoio aos esforços de compreensão e de boas relações que foram escolhidos como caminho para viver na mesma terra que é sagrada para todos". Foram palavras fortes, acompanhadas de um chamado à paz, almejada no País do Golfo:

"Peço a Deus que homens e mulheres de paz nesta região amada coloquem as suas forças em comum para pôr fim à violência e permitir que todos vivam na segurança e na compreensão recíproca!"

O Pontífice citou as antigas raízes cristãs da Igreja caldéia para recordar que em sua história ela "sempre desempenhou um papel ativo e fecundo na vida" das nações nas quais se encontra presente. E hoje, que "ocupa um lugar importante entre os vários componentes de seu país" – frisou o Papa – a Igreja caldéia "deve continuar essa missão a serviço de seu desenvolvimento humano e espiritual".

As indicações de Bento XVI para alcançar esse objetivo contemplaram, tanto a promoção de "um elevado nível cultural dos fiéis, sobretudo dos jovens, quanto uma adequada formação nos vários campos do conhecimento, quer religioso, quer secular".

O Santo Padre fez uma exortação aos prelados para que cuidem da unidade episcopal no seio de sua Assembléia sinodal, cuidem da liturgia segundo as orientações do Vaticano II, dos cristãos da diáspora, das relações ecumênicas. O Pontífice ressaltou ainda outro aspecto fundamental: a solidariedade.

"É importante impulsionar as obras de caridade, de modo que o maior número de fiéis esteja comprometido a servir aos mais pobres. Sei que no Iraque, apesar dos terríveis momentos que tem atravessado, se desenvolveram pequenas obras de extraordinária caridade, que honram a Deus, a Igreja e o povo iraquiano."

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