A Festa da Divina Misericórdia que ocorre no primeiro domingo depois da         Páscoa, estabelecida oficialmente como festa universal pelo Papa João         Paulo II. 
         "Por todo o mundo, o         segundo Domingo da Páscoa irá receber o nome de Domingo da Divina         Misericórdia, um convite perene para os cristãos do mundo enfrentarem,         com confiança na divina benevolência, as dificuldades e desafios que a         humanidade irá experimentar nos anos que virão" (Congregação         para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, Decreto de 23 de         Maio de 2000).
                                                                  Encontra suas origens em Santa Maria Faustina Kowalska,   que         na década de 30 obteve de Jesus, revelações acêrca da instituição         dessa festa no seio da Igreja, bem como profecias e manifestações que         o próprio Cristo mandou que as escrevesse e  retransmitisse à         humanidade.  Foi Jesus quem pediu a instituição da festa da         Divina Misericórdia a Santa Faustina. Jesus se refere a ela 14 vezes,         expressando o imenso desejo do Seu Coração Misericordioso de         distribuir, neste dia, as Suas graças.
         "Nenhuma alma terá         justificação, enquanto não se dirigir, com confiança, à Minha         misericórdia. E é por isso que o primeiro domingo depois da Páscoa         deve ser a Festa da Misericórdia” (Diário, 570).
         "Neste dia, estão         abertas as entranhas da Minha misericórdia. Derramo todo um mar de graças         sobre as almas que se aproximam da fonte da Minha misericórdia;           a alma que se confessar e  comungar alcançará o perdão total das         culpas e castigos; nesse dia estão abertas  todas as comportas         Divinas, pelas quais fluem as  graças; 
         "Que nenhuma alma tenha         medo de se aproximar de mim, ainda que seus pecados sejam como         escarlate. A minha misericórdia é tão grande que por toda a         eternidade não a aprofundará nenhuma mente, nem humana, nem angélica.         Tudo que existe saiu das entranhas da minha misericórdia"         (Diário, 699).
         "Dize à humanidade         que sofre que se aproxime do meu coração misericordioso, e eu a         cumularei de paz (Diário 1074)
                                                                  Irmã Faustina era polonesa, natural da vila de Glogowiec, perto de         Lodz, a terceira de uma prole de dez filhos. Aos vinte anos entrou para         a Congregação de Nossa Senhora da Misericórdia, cujas irmãs se         dedicavam à assistência de moças desvalidas ou em perigo de seguir o         mau caminho.  Em 1934,  por indicação de  seu diretor         espiritual,  iniciou um diário que intitulou "A divina         misericórdia em  minh'alma".  A narração pormenorizada de         profundas revelações e de experiências espirituais extraordinárias         revela o modo pelo qual Nosso Senhor deseja incumbi-la de uma missão         particularíssima - ou seja - a de relançar no mundo a  mensagem         da sua misericórdia unida a novas formas de culto quais sejam uma         imagem e uma festa comemorativa. 
                                                                  A missão da  irmã Faustina iniciou-se em 1931, quando o         misericordioso Salvador lhe aparecer em característica         visão:  Ela vira de fato Jesus envolto em uma túnica branca.         Tinha a mão direita alçada no ato de abençoar, enquanto a esquerda         pousava no peito, onde a túnica levemente aberta deixava sair dois         grandes raios, um vermelho e outro pálido. A irmã fixou em silêncio o         olhar surpreso no Senhor: a sua alma, de início espantada, sentia         progressivamente exultante felicidade. Disse-lhe Jesus:  
         "Pinta uma imagem de acordo         com o modelo que vês com a inscrição embaixo: Jesus, eu confio em         Vós! Desejo que esta imagem seja venerada primeiro na vossa capela         e  depois no mundo inteiro. 
         "Prometo que a alma que         venerar esta imagem não perecerá.  Prometo também a          vitória sobre os inimigos já nesta terra mas  especialmente na         hora da morte.  Eu mesmo a defenderei com a minha própria         glória."
         "Ofereço aos homens um         recipiente com o qual deverá vir buscar graças na fonte da         misericórdia. O recipiente é esta própria imagem com a         inscrição:  Jesus, eu confio em Vós!"
                                                                  A pedido de seu diretor espiritual, irmã Faustina perguntou ao Senhor         qual era o significado dos dois raios que tanto se destacavam na         imagem:  
         "Os dois raios representam o         sangue e a água. O raio pálido representa a água que justifica as         almas, o vermelho representa o sangue, vida das almas.  Ambos os         raios saíram das entranhas da minha misericórdia quando na cruz, o meu         coração agonizante na  morte foi aberto com a lança". 
         "Estes raios defendem         as  almas da ira do meu Pai. Feliz aquele que viver sob a         proteção deles, porque não será atingido pelo braço da justiça de         Deus." 
                                                                  Em outras ocasiões, Jesus voltou a falar  sobre a imagem: 
         "O meu olhar naquela imagem         é igual ao meu olhar na Cruz"
         "Mediante esta imagem         concederei muitas graças às almas;  ela deve recorrer às         exigências da  minha misericórdia, pois que a fé, mesmo se         fortíssima, nada adiantará sem as obras".
         "Não na beleza da cor, nem         na habilidade do artista, mas na minha graça está o valor desta         imagem"
TRÊS         HORAS DA TARDE: HORA DA MISERICÓRDIA
         "Às três da tarde,         implora à minha misericórdia, especialmente pelos pecadores e, ao         menos por um breve tempo, reflete sobre a minha Paixão, sobretudo sobre         o abandono em que me encontrei no momento da minha agonia. Esta é uma         hora de grande misericórdia para o mundo inteiro. Nesta hora não         negarei nada a alguma que me pedir em nome da minha Paixão. (n. 59)
         "Todas as vezes que ouvires         soar três horas da tarde, mergulhe toda na minha misericórdia,         adorando-a e glorificando-a. Invoca a  sua onipotência para o         mundo inteiro, especialmente para os pobres pecadores porque é nessa         hora que estará largamente aberta para cada alma. Naquela hora obterás         tudo para ti e para os outros. Naquela hora o mundo inteiro recebeu uma         grande graça: A misericórdia venceu a justiça.
         "Procura nessa hora         realizar a Via Sacra, se os teus deveres não te impedirem. Se não for         possível vai um momento à capela e venera o meu Coração cheio de         misericórdia no Santíssimo Sacramento. Se não puderes ir à capela,         recolhe-te um momento em oração no lugar onde te encontrares. 
                                                                  Eis uma invocação que se pode dizer às três horas da tarde e que         Irmã Faustina repetia freqüentemente durante o dia, para renovar         a  sua consagração à Divina Misericórdia: 
         "Ó Sangue e Água que         jorras do Coração de Jesus como fonte de misericórdia para nós,         confio em Vós".